28 de outubro de 2011

A Firma



A Firma
A Firma
Autor: John Grisham
Editora Rocco
Número de Páginas: 437
Onde Comprar: SaraivaSubmarino
Sinopse: Mitchell McDeere, um dos melhores alunos de Direito, em Harvard, vai trabalhar na Bendini, Lambert e Locke, uma rica firma especializada em direito tributário. Logo de início, ele suspeita de que há algo de errado na firma, ainda mais quando dois sócios morrem em um estranho acidente nas Ilhas Cayman. 

As previsões do jovem advogado parecem se confirmar quando ele é abordado por Tarrance, um homem que diz ser agente do FBI. Segundo o agente, a firma Bendini, apesar de ter alguns clientes importantes, não é real e serve de fachada para negócios escusos. Ele revela também que o próprio Mitchell vem sendo espionado pela segurança da firma, que instalou microfones em sua casa e grampeou seu telefone. 

Mitchell fica ainda mais assustado quando descobre quais são os verdadeiros negócios da Bendini, Lambert e Locke. Mas se vê num beco sem saída quando Tarrance o pressiona para que ele se torne informante do FBI. Se não concordar, será denunciado, mas se a firma descobrir o plano, Mitchell será morto. Qual a saída? 


Minha Opinião: A história gira em torno de Mitch McDeere e sua esposa. Graduado entre os 3 melhores de sua turma de Direito em Harvard, ele recebeu as melhores propostas que um recém-formado poderia desejar nos Estados Unidos. Os escritórios mais conceituados do país já haviam entrevistado McDeere e feito tentadoras ofertas, quando a pequena firma de 41 sócios, 'Bendini, Lambert & Locke' (com sede na cidade de Memphis, no sudoeste do Tennessee), o confronta com uma proposta simplesmente irresistível. 

Era o sonho americano se realizando. Casado com Abby há algum tempo, aceitar aquela proposta era ter a garantia de uma carreira bem sucedida, estável e muito (ênfase no MUITO) lucrativa. Pagar os empréstimos escolares, ter dinheiro para comprar uma casa, ter um carro que não funcionasse apenas na base do tranco. Construir sua família e mostrar à família de Abby o quão longe ele poderia chegar. Sim, era um sonho se tornando verdade.

Assim que ele se junta à firma, a pressão para passar no Bar Exam (o Exame da Ordem dos Advogados nos Estados Unidos) fica clara na declaração de que nunca um associado havia sido reprovado nesse exame e nas várias apostilas que se empilhavam na nova mesa com a matéria compilada pelos colegas de trabalho. Ele sempre era lembrado que a Bendini, Lambert & Locke era uma família que cuidava dos seus e faria tudo para que ele e Abby tivessem um futuro próspero, com filhos felizes e clientes muito lucrativos.

Mas na primeira semana de trabalho, Mitch recebe a notícia de que 2 sócios morrem num passeio de barco que seria classificado como um acidente trágico. Logo após isso, agentes do FBI começam a sondar Mitch e levantar algumas questões no mínimo suspeitas a respeito dos negócios da firma e a morte dos sócios. Aliás, a morte parecia o único jeito de sair daquela firma depois que você se tornava um associado. Nos últimos 15 anos, nenhum funcionário havia sido demitido ou saído da firma e 5 sócios morreram em situações sempre consideradas trágicas.

Daí pra frente a trama só fica mais complexa. Mitch sente o peso de decisões que precisam ser tomadas e a insegurança que todo aquele ‘ambiente familiar’ poderia lhe oferecer. Escutas em casa, pessoas seguindo seus passos, perguntas que nunca são respondidas de uma maneira clara. Abby também não se encaixa no padrão das mulheres casadas com os advogados daquela firma. Continuava a trabalhar dando aulas e não queria filhos por enquanto. O passado de Mitch começa a aparecer e sua família é investigada pela firma. Quem era Ray realmente? E porque estava preso? 

Para uma firma que lida apenas com as enfadonhas declarações do imposto de renda, redução no pagamento de impostos nos negócios dos seus cliente e coisas desse gênero, aquele lugar parecia ter mais segredos do que eram capazes de guardar àquelas paredes. A verdade é que na 'Bendini, Lambert & Locke', guardar segredos era mais do que uma questão de ética profissional...era a única maneira de se manter vivo. 
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